sábado, 14 de novembro de 2009

INFOATIVO,DEFNET

Espaço Aberto, Àgora Virtual, criada por Jorge Márcio para publicação e difusão do InfoAtivo DefNet, com textos, informações, eventos, comunicações, editoriais, artes, cinema, músicas e conhecimentos em debate na Idade Mídia...

6 comentários:

  1. Penso que uma leitura reflexiva de UMA GOTA DE SANGUE de Demétrio Magnoli irá contribuir para derrubar as pretensas barreiras entre as pessoas, fragilmente caracterizadas , por muitos,por razões eticas.
    Concordo que a política das raças é uma negação da modernidade pois , "os cidadãos são iguais perante a lei e tem o direito de inventar seu próprio futuro,à revelia de origens familiares ou relações de sangue"
    Raça é reinvidicação de um gueto.
    Júnio Gama & Claudia Márcia = QUEMDIRIA

    ResponderExcluir
  2. Penso que deva ser dada especial atenção ao discurso multiculturalista pois propaga que existem diferenças entre as pessoas e estimula cada vez mais a separação ao pleitear vantagens, ressarcimentos,estímulos a manifestações, entre outras.
    Devemos buscar construir a igualdade e não ressaltar as pretensas diferenças.

    ResponderExcluir
  3. CAROS QUEM E CLAUDIA
    Obrigado pelas idéias e pelas indagações sobre o tema do racismo,,, concordo que a concepção de raça esta muito proxima do modelo eugênico e facistante que foi e ainda muito utilizado para fins políticos e até econômicos... mas não podemos negar diferenças e sim lembrar que estas foram o motivo de muitos genocídios e de muitas formas de exclusão social, naturalizando as formas de desfiliação e de desigualdades instituídas ao longo do Século XX. Estamos desejantes de que o XXI traga outros modos de respeito e reconhecimento das diferenças e da diversidade humana,,,
    um abraço DOCE E MULTICOLORIDO
    JORGE

    ResponderExcluir
  4. "a concepção de raça esta muito proxima do modelo eugênico e facistante que foi e ainda muito utilizado para fins políticos e até econômicos... "
    Por concordar totalmente com o postado é que pretendemos não ficar na mesmice de ficar cultuando pretensas diferenças.Nossa obrigação como cidadãos é fortalecer a igualdade , a oportunidade para todos, o respeito às leis e o aperfeiçoamento das relações entre as pessoas.

    ResponderExcluir
  5. O sistema de cotas favorece ao fracionamento da nossa sociedade e a discriminação.Todos são iguais a lei e "não existirão alguns mais iguais que outros".
    Oportunidade para todos será conseguida pela não discriminação, pelo respeito e pela educação.
    Cada vez que se introduz uma cota, se cria um grupo social.Depois como reverter?
    Raça é gueto... somos não um país de mestiços e sim uma civilização de mestiços.
    Há quem interessa a divisão da sociedade?

    ResponderExcluir
  6. Exemplo do que se consegue com o fracionamento da sociedade... gera-se a intolerância e a discórdia. surge a consciência negra , depois a branca, a amarela, a vermelha , a roxa e depois cada uma se acha melhor ou mais prejudicadas que outras e aí.... depois surgem os afro-descendentes , depois os euro-descendentes e depois os .....a quem interessa?
    19/11/2009 -

    Zumbi ainda inspira conflitos

    Rosane Garcia



    Às vésperas das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra ― 20 de novembro, data da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e referência da resistência do povo africano à escravatura ―, um conflito entre religião e o ensino da história e cultura africana e afrobrasileira mudou a rotina do Centro Educacional nº 4 de Taguatinga. De um lado, o professor Francisco Albuquerque Santos Filho e, de outro, alunos católicos e evangélicos do 1º ano do ensino médio. Os estudantes insurgiram-se contra a temática deste ano referente aos orixás cultuados nos terreiros de candomblé. Eles recusaram-se a fazer um dos painéis de um total de 10 programados em setembro como estratégia do professor para colocar em debate os mitos africanos.

    Os painéis comporiam para o cenário para a agenda de atividades desta sexta-feira, em homenagem a Zumbi, com enfoque nas manifestações culturais brasileiras, originárias das danças, jogos e lutas dos povos africanos, como maracatu, maculelê, capoeira, congada, reisado, tambor de mina, jongo e outras. Ao lado dessas expressões, ocorreriam palestras de personalidades e estudiosos da cultura afrobrasileira.

    A não entrega do trabalho pelos alunos teria comprometido o que foi acertado dois meses atrás, o que deixou o professor indignado. O desentendimento chegou à direção da escola, que acolheu as ponderações dos estudantes e desautorizou o professor a insistir com cobrança. Na troca de argumentos com a direção, o professor Francisco Albuquerque ficou em desvantagem e foi devolvido à Regional de Ensino. Para a direção do Centro de Ensino 4, na homenagem a Zumbi não cabe a difusão do ritual das religiões de matriz africana.

    De acordo com o vice-diretor do CED 4 de Taguatinga, Raimundo Monção, desde agosto, a diretoria vinha recebendo reclamações dos alunos por causa do andamento do projeto. Segundo ele, os estudantes alegavam que estavam sendo obrigados a praticar os rituais do candomblé, em vez de aprenderem sobre a história e a cultura africana e afrobrasileira. "A Constituição diz que o Estado é laico e que todos nós temos direito à cultura e religiosidade, mas cada um na sua. Então, ninguém pode obrigar uma pessoa a praticar o culto que não quer. E é o que estava acontecendo aqui na escola. O professor estava voltando o projeto para a área do candomblé, fazendo com que eles montassem bonecos de orixás e apresentassem danças típicas da religião", conta.

    Intolerância

    O professor reagiu, indignado, diante desse entendimento da direção da escola e assegurou: “Em momento algum pretendi ensinar o ritual do candomblé aos alunos. Mesmo porque vivemos em um país laico”. Mas garante que a religião das diferentes etnias africanas trazidas ao Brasil no período colonial foi o elemento de união de todas elas e de resistência ao tratamento desumano dispensado pelos senhores de engenho, que tinham os negros como única força de trabalho indispensável ao desenvolvimento econômico do país. Ele lamenta o comportamento da direção da escola. “Foi um gesto de intolerância, quando ela poderia ter mediado a resistência dos alunos em trabalhar a mitologia africana em vez de devolver-me para a Regional de Ensino”.

    ResponderExcluir