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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

RACISMOS, NEGRITUDES E INTOLERÂNCIAS, CONSCIÊNCIA PARA QUÊ?

Imagem publicada – foto que fiz de um panfleto do Movimento Negro RJ, na comemoração do centenário da Abolição da Escravatura, tendo ao alto: 1888 LEI ÁUREA 1988, sendo 1888 em rosa, LEI em branco, ÁUREA em rosa e 1988 em branco, seguida da fotografia de uma pintura do século XIX, com a representação dos castigos corporais impostos aos negros e negras escravizados, tendo um capataz que segura uma mulher negra, junto ao que aplica uma palmatória em outra escrava, ajoelhada em sua frente, com uma criança ao lado, tendo três outros homens negros, em primeiro plano ao centro, com uma roda de carro de bois, com mais outros escravos ao fundo, aguardando seus castigos, principalmente aos que eram chamados de “negros rebeldes ou fujões”. Segue-se em letras vermelhas: NADA MUDOU. Abaixo está a fotografia de um policial militar que traz um grupo de homens negros amarrados por cordas nos pescoços, uns aos outros, em fila, com quatro deles em primeiro plano... Segue-se, em baixo dessa foto, do ano 1988, a convocação: VAMOS MUDAR, convocando para a MARCHA CONTRA A FARSA DA ABOLIÇÃO (Participe – 11 de maio – 16 horas – Candelária – Movimento Negro – RJ). Será preciso descrever mais? Ou ainda continuamos convivendo com uma nova “cegueira branca”?

“2.4 A tolerância pode ter a forma da marginalização dos grupos vulneráveis e de sua exclusão de toda participação na vida social e política e também a da violência e da discriminação contra os mesmos. Como afirma a declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais, “Todos os indivíduos e todos os grupos têm o direito de ser diferentes” (art. 12)

A citação é parte da Declaração de Princípios sobre a Tolerância, uma declaração da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reunidos em Paris em virtude da 28ª  Reunião da Conferência Geral, que proclamou o dia 16 de novembro como o Dia Internacional da Tolerância.

Há apesar dos anos e lutas, a manutenção da imagem da foto de 1988? Lamento dizer que sim, apenas os meios de aprisionamento, encarceramento e de violentação, assim como vulneração, dos corpos e das vidas de negros é que se tornam menos ‘visivelmente acorrentadas e acorrentadoras’. As novas e modernas cordas em nossos pescoços são mais sutis e aperfeiçoadas. Estão também em nossos inconscientes colonizados e colonizadores.

Muitos ainda questionam o porquê e para que termos de inventar/respeitar um Dia da Consciência Negra? Aos que ainda têm dúvidas e aos intolerantes envio alguns dados:
 - A maioria dos homicídios que ocorrem no Brasil atinge pessoas jovens: do total de vítimas em 2010, cerca de 50% tinham entre 15 e 29 anos. Desses, 75% são negros.
- Segundo o Mapa da Violência (2013): “... Podemos verificar que no conjunto da população:
• O número de vítimas brancas caiu de 18.867 em 2002 para 13.895 em 2011, o que representou um significativo decréscimo: 26,4%.
• Já as vítimas negras cresceram de 26.952 para 35.297 no mesmo período, isto é, um aumento de 30,6%.
• Assim, a participação branca no total de homicídios do país cai de 41% em 2002, para 28,2% em 2011. Já a participação negra, que já era elevada em 2002, 58,6% cresce mais ainda, vai para 71.4%.
• Com esse diferencial a vitimização negra passa de 42,9% em 2002 – nesse ano morrem proporcionalmente 42,9% mais vítimas negras que brancas – para 153,4% em 2011, em um crescimento contínuo, ano a ano, dessa vitimização”.

Em artigo de minha autoria publicado no livro O que é Violência Social, que está sendo lançado na III Conferência Internacional - Dinâmicas Sociais em África: Rupturas e Continuidades, na Universidade Eduardo Mondlane e seu Centro de Estudos Africanos, em Maputo, Moçambique, afirmo, ao analisar estes e outros dados de nossas exclusões e segregações sociais alimentando o genocídio de toda uma juventude negra, quando se trata da questão da cor da pele no Brasil, que: “Entre 2002 e 2010, segundo os registros do Sistema de Informações de Mortalidade, morreram assassinados no país 272.422 cidadãos negros, com uma média de 30.269 assassinatos ao ano. Só em 2010 foram 34.983...; um dado que confirmava também o decréscimo de mortes da população branca, com um crescimento de mortes violentas, principalmente junto à juventude, de cidadãos e cidadãs negros...”.

Nesse quadro, já comprovado e denunciado teríamos ainda dúvidas sobre a necessidade de estímulo das nossas “consciências”,  para além de que etnias, raças ou cores estivermos sendo biopoliticamente classificados?

A questão de aceitação do Outro e das suas diferenças é que nos dá parâmetros e limites para o que chamamos de Tolerância? Sempre digo que temos que ir além da aceitação, precisamos antes do re-conhecimento desse Outro, dessa Alteridade, no mais profundo de cada um de nós. Um dia apenas de conscientização não mudará todas as ‘más-consciências’ e nem aplacará a nova Onda de intolerância, fascismos e/ou racismos de todas as colorações e conotações.

Precisamos, urgentemente, da prática ético-política cotidiana dessa construção de novas culturas e mentalidades. Conseguiremos afrouxar os grilhões e mordaças que nos impuseram? Precisamos nos re-conhecer como in-tolerantes do Outro e dos Outros além de nós.

Por isso é que afirmei estarmos ainda com várias cordas e cordões nos aprisionando, visíveis e invisivelmente, transversalizando nossas relações, sejam sociais, micropolíticas e/ou amorosas. Há ainda debaixo dos tapetes de nossas culturas e história uma densa camada de poeira dos preconceitos mais arraigados. Entre eles está a presença negada desses escravizados que nos tornam seus afrodescendentes.

Avisem os ex-presidentes que “todos temos os pés na cozinha da mãe África preta e retinta”. Somos todos e todas mais Libéria do que libertos por nossas áureas leis. Somos na essência do humano e da humanidade mais negros, embora nos distanciemos do continente multifacetado e multicultural que chamamos de Mãe África.

Ainda jovem, muito influenciado pelas Marchas pelos Direitos Civis, por Martin Luther King, Malcolm X, Angela Davis e outros negros e negras “rebeldes”, que desejavam outro lugar social e político, escrevi um poema que chamei de Negrume. Dizia, se lembro destes anos ginasiais, perto de 1968, que ‘devíamos nos livrar do que nos impunham... pois já havíamos lavado com sangue coagulado... a mancha de nosso, do só nosso, do meu  e do seu: Negrume”. Anos depois descobri minhas novas implicações. Tornei-me, temporariamente, mais uma negritude.

Um efeito e contágio com a poesia de Aimée Cesaire.  Sempre a poesia, aquela que me trouxe a compreensão de que há um Outro, que este não é um lado “negro”, mas que nos habita que deseja sempre mais liberdade, mas ar, mais espaço, mais tempo, enfim, mais Vida. O conceito de negritude tornou-se, por sua radicalidade de orgulho e valorização da cultura negra, minha nova arma de luta contra todas as discriminações. Os eurocentrismos em mim se desmontavam, desfaziam-se ...

Por isso desejo que possamos combater novamente com “novas” negritudes, tornadas novos rizomas para criar novas cartografias. Em tempos de ódios, além dos raciais, também macropolíticos, ainda acredito que alguns possam se contagiar dessa busca onde o cultural poderá ficar acima do político e dos políticos. Onde se ultrapassaria, como os tigres e suas tigritudes, ir além dessas negritudes do passado. Ir além do consciente autorizado, buscar a radicalidade de liberação dos nossos inconscientes sob eterna captura e colonização.

Como no texto inicial deixar florescer em nós, e além de nós, rompendo todos os limites e limitações, a afirmação da Diferença não só como direito ou necessidade, da diferença que nos torna mais Potência Zumbi, libertária, do que a ruptura de conceitos e preconceitos, inclusive dos racismos enquanto ideologias.

Em tempos, de marchas ré, de neo-pastores fundamentalistas, fascistas de plantão, intolerantes pelo indiferentismo, lobinhos maus, lobões, espertos ao contrário, falsos tolerantes e negociadores dos medos que apregoam a Ordem como segurança, urge e ruge em mim o desejo de ir além, o desejo que vai além da vacina para o Ebola. O desejo sem fronteiras, para além das Áfricas. Em mim, urge, como poesis, sob a pele indelevelmente negra, o apelo para a re-existência e a resiliência.

Como no pedaço de meu papel rabiscado dentro do livro sobre Billie Holiday e a biografia de uma canção – Strange Fruit: -
 “Ai quem me dera um dia, apenas um dia sem dor ...
A dor de ser demasiada e apaixonadamente  humano,
Sempre com a mesma cor, sempre Negro
Entretanto, apenas um Outro, um Outro Pessoa...”

Quem sabe me acordo, como já recordei, em um mundo e tempo onde já sonhei, com menos meninos e meninas negras vulnerados e violentados?  E, po-éticamente, alguma consciência despertarei?

Copyright/left jorgemarciopereiradeandrade (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet e outros meios de comunicação para e com as massas. TODOS DIREITOS RESERVADOS 2925...)

INDICAÇÕES PARA LEITURAS CRÍTICAS, REFLEXÕES E COMBATE DAS DISCRIMINAÇÕES E RACISMOS –

VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA NO BRASIL – Pesquisa de Opinião Pública Nacional – DATA SENADO – Novembro de 2012 - https://www.senado.gov.br/senado/datasenado/pdf/datasenado/DataSenado-Pesquisa-Violencia_juventude_negra.pdf

JUVENTUDE VIVA - Homícidios e Juventude no Brasil – Mapa da Violência - Julio Jacobo Waiselfisz, Brasília, 2013 https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_homicidios_juventude.pdf

MÍDIA E TOLERÂNCIA – A ciência construindo caminhos de liberdade – Margarida Maria Krohling – Roseli Fischmann (Orgs.), Editora EDUSP/Unesco, São Paulo, SP, 2002.

O QUE É VIOLÊNCIA SOCIAL - Antônio Zacarias, Daniel dos Santos, Jorge Márcio Pereira de Andrade, Ricardo Arruda, Escolar Editora, Coleção Cadernos de Ciências Sociais (Org. Prof. Carlos Serra), Lisboa/Maputo, Portugal/ Moçambique.

Na Internet –

LEIA TAMBÉM NO BLOG –

RAÇA, RACISMO E IDEOLOGIA: ZUMBI ERA UM VÂNDALO, UM BLACK O QUÊ? 
https://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/11/raca-racismo-e-ideologia-zumbi-era-um.html

RACISMO, HOMOFOBIA, LOUCURA E NEGAÇÃO DAS DIFERENÇAS:as flores de Maio 
https://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/05/racismo-homofobia-loucura-e-negacao-das.html





terça-feira, 6 de maio de 2014

RACISMOS, BARBÁRIES, FUTEBOL... ONDE ENTRECRUZAM AS VIOLÊNCIAS SOCIAIS?

Imagem publicada – foto colorida de uma intervenção com arte e provocação nas ruas de Maceió, Alagoas, onde performers, pessoas vestidas de ternos enlameados com argila, com os olhos vendados, ‘com passos lentos e gestos delicados’, caminharam e provocaram os transeuntes para uma reflexão sobre nossas instituições. Nessa fotografia de Jonathan Lins, estão perfilados diante do Quartel Geral da Polícia Militar, batendo continência.

Pode uma intervenção nas ruas provocar em nós alguma forma de reflexão crítica sobre nossos mais recentes atos de violência social? Ou estamos tão anestesiados que a suavidade dessa performance não nos sensibiliza mais?

 Acho e espero que sim, pois essa intervenção que é parte de um evento cultural, o Palco Giratório, promovido pelo Sesc, intrigou e mexeu com os que puderam ver/assistir estes “Cegos”. A nossa ‘cegueira branca’ (Saramago) nos foi desnudada, denunciada e tornou-se pública. Deixemos,então, de ser apenas telespectadores (as).

Entretanto, para além dessas intervenções estamos precisando, urgentemente, de uma resposta coletiva diante de outros ‘espetáculos’ de horror, racismos e barbárie.

Atiram-se corpos dançantes em lajes de supostamente pacificadas comunidades UPP, jogam-se vasos sanitários sobre torcedores supostamente indesejáveis como nossos próprios dejetos. Arrastam-se corpos de mulheres, ou negras ou nomeadas “bruxas”, pelos morros e morrinhos, nos Rios ou Guarujás... Corpos ultrajados e linchados se tornam espetáculo para redes sociais.

Somos, nesse triste momento, a Sociedade do Espetáculo que se deixa iludir, que pede mais violações de direitos humanos, que justifica os linchamentos através de âncoras da TV. Somos alienados, todos e todas, um pouco Sheherazades? Aprovamos a espetacularização da ‘justiça’ feita com as mãos sujas de sangue ou de ignorância?

Sim, não saímos às ruas mais, as aguardarmos nos nossos sofás. Não continuamos, ainda, o amanhã de Junho de 2013. Não mais nos indignamos, no âmago, com bananas racistas jogadas sobre e para os campos de futebol.

Associam-nos, midiática e proveitosamente, a nossos darwinianos ancestrais. Somos todos “macacos”? Ou somos apenas humanos bem adestrados? Ninguém deixou de ir aos estádios. A bola rola e o futebol nos encanta... Melhor que a sala ou a cozinha, aguardamos também nossa Copa das Copas.

Pelo contrário, daqui alguns dias, estaremos em festa. Nossas ruas, nossos corpos, nossas casas se enfeitarão. Bandeirolas verdes-amarelas tremularão, inclusive nas favelas e em outras janelas com vista para o mar. Seremos apenas torcedores fanáticos que gritarão na hora de nosso gol de supostos campeões?

Esqueceremos, como de hábito e por história, da turba e das massas arruaceiras. As massas humanas que podem fazer uma onda nas arquibancadas. As mesmas que irão violentar e espancar, até a morte, alguém que, por sua cor, sua miséria, suas marginalidades, ou supostas “maldades”, se tornem a diferença a ser eliminada.

Seriam esses Outros a projeção encarnada de nossas mais inconscientes monstruosidades? Dentro ou fora dos estádios, das novas arenas que não são ágoras.

Os racismos, por exemplo, cada dia mais, são e serão visibilizados/espetacularizados e difundidos. Espero eu combatidos e erradicados. Há ainda muitas bananas invisíveis e suas cascas no meio do caminho. Nelas ainda vamos escorregar, não bastará engolirmos os frutos dos nossos preconceitos.

Entretanto, para além desses discursos antirracistas, muitos atos continuam enraizados institucionalmente. São racismos que se definem pela hierarquia suposta da superioridade de brancos sobre negros. É o naturalizado racismo ambiental ou institucional.

Racismo institucional pode ser definido como o fracasso coletivo das instituições em promover um serviço profissional e adequado às pessoas por causa da sua cor, conforme boletim do IPEA.

Porém o chamado “fio branco” segregador hoje é mais visível nas ações de cunho ideológico contra mulheres. As Cláudias arrastadas ou as Fabianes de Jesus espancadas como maléficas proliferam nos mapas de violência recentemente publicados. Só não ganham notoriedade e manchetes de jornais. As suas mortes devem ser contabilizadas com outros milhares de corpos banalizados.

Segundo um documento do Geledés, Racismo Institucional: uma abordagem conceitual, esse tipo de racismo é “um dos modos de operacionalização do racismo patriarcal heteronormativo”. Ainda tem os ranços históricos do modelo patriarcal do Brasil Colônia e suas senzalas.

O documento nos indica, na proposta de construção de políticas públicas de proteção de mulheres negras, deve-se, entre outras coisas, se considerar:
1.    Que o racismo institucional ou sistêmico garante as condições para a perpetuação das iniquidades socioeconômicas que atingem a população negra e outras atingidas pelo racismo.
2.    Que o racismo institucional se associa a outras iniquidades, produzindo ou ampliando as desigualdades experimentadas pelas mulheres negras e as demais atingidas pelo racismo patriarcal. Da mesma forma, associando-se a diferentes eixos de subordinação, agrava as condições de vida e aprofunda iniquidades.
3.   Que o racismo institucional traduz escolhas institucionais atuais ou passadas reeditadas por decisão ou inércia. E sua destruição requer novos compromissos, processos e práticas.

Portanto, como disse outro dia, não bastará superamos os racismos, temos a urgência de sua erradicação. Muitos ainda se apoiam, fragilmente, na ideia de um país que é cordial para com sua população de pele escura. Continuaremos sendo confusos cafusos e mamelucos mulatizados?

Com certeza sei que não somos orangotangos. Somos negros e negras. Somos os que ocupam a maior estatística de extermínio de jovens, quando comparados os números de mortos pela polícia militar em relação a jovens brancos; vejam a Cor dos Homicídios: “... a tendência geral desde 2002 é: queda do número absoluto de homicídios na população branca e de aumento nos números da população negra. E essa tendência se observa tanto no conjunto da população quanto na população jovem...”.

As múltiplas violências, em especial as que se praticam, instituem-se e se tornam mutiladoras, são um campo fértil de multiplicação também do uso da violência do Estado.

 A violência, que se torna um conceito vazio para o viver em comum, em especial para os jovens tornou-se uma porta de saída, uma alternativa, inclusive para a sobrevivência. Um menino excluído mata um professor, negro, incluído, por causa de um celular...

Nesses tempos de bárbaros, fardados ou em massas ensandecidas, como então esclarecer que os Direitos Humanos não são apenas de encarcerados? Abriremos as portas da sala para nos tornar novamente uma multidão contestadora?

O problema é que essa porta também nos leva a um “beco sem saída”: como educar para e em direitos humanos e práticas de tolerância, convívio e respeito ao outro, quando o tornar-se violento é a única opção que resta ou restou?

Vamos, iludidos pelos boatos ou falsas notícias, atirar também pedras ou balas nos corpos marcados para morrer? Ou estamos apenas na antevéspera de uma grande festa, um grande espetáculo dentro nas Arenas, com manifestantes outsiders sendo massacrados por brucutus e representantes policiais da Ordem e do Progresso, do lado de fora?

Enfim, sem respostas definitivas, pergunto-me: como transformar essa transversalidade dos racismos, das barbáries, das múltiplas violências visíveis e do espetáculo do futebol em potência de vida, para além de suas funções e finalidades biopolíticas?

Façam suas apostas. Seremos e continuaremos os campeões? Ou, então, entrem junto comigo no beco de muitas saídas e muitas linhas de fuga...

Copyright/left jorgemarciopereiradeandrade 2014 (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet e outros meios de comunicação com e para as massas. TODOS DIREITOS RESERVADOS 2025)

Matérias recentes relacionadas com o texto e o contexto:





Indicações para leitura –

Boletim de Análise Político Institucional – 4 – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, Brasília, 2011.

Racismo: uma abordagem conceitual – Geledés, Instituto da Mulher Negra & Cfemea, Consultoria e redação: Jurema Werneck, 2012.

Waiselfisz, Julio Jacobo, Mapa da Violência 2012 – A Cor dos Homicídios no Brasil, Cebela&Flacso¨& SEPPIR/PR, Brasília, DF, 2012 (1ª edição em PDF) – https://mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_cor.pdf

LEIAM TAMBÉM NO BLOG –
O MARTELO NAS BRUXAS - COMO "QUEIMAR", HOJE, AS DIFERENÇAS FEMININAS?
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MOVIMENTOS, MASSAS, MANIFESTOS E HISTÓRIA: POR UMA MICROPOLÍTICA AMOROSA, URGENTE.
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