Imagem publicada–uma foto,que fiz recentemente, da
exposição comemorativa em homenagem à "Mafalda", personagem criada pelo cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, pelos 50 anos dessa doce, mordaz e crítica invenção em quadrinhos. Nela vemos a Declaração dos Direitos das Crianças, do UNICEF,
comentada por Mafalda e seus amigos, onde se lê, à direita, no décimo artigo: “A criança deve ser protegida contra
influências que possam induzi-la a qualquer forma de discriminação racial,
religiosa ou de outro gênero. Ela deve ser educada num espírito de compreensão,
tolerância, amizade para com todos os povos, paz e fraternidade universal, e na
consciência de que deverá colocar a sua energia e talento a serviço do próximo”.
À sua esquerda estão Mafalda e um globo terrestre, onde a menina, apontando seu
dedo de forma firme e decidida, diz: “E
VAMOS TRATAR DE RESPEITAR ESSES DIREITOS, TÁ? VAMOS VER SE ELES NÃO FAZEM COM
ELES O QUE FIZERAM COM OS DEZ MANDAMENTOS”. Uma referência de como o humor,
do mais suave ao mais irônico, poderá nos ajudar a compreender como responder,
principalmente às nossas meninas, o porquê continuamos tratando-as como o
“segundo sexo”, ou melhor, o corpo negado e explorado, desde a infância
ultrajada, sem que nenhum novo “des-mandamento” tenha realmente sido efetivado
e vivenciado por elas.
“Sendo a própria substância das atividades poéticas do homem,
compreende-se que a mulher se apresente como uma inspiradora: as Musas são
mulheres... É através da mulher, cujo espírito se acha profundamente ligado à
Natureza, que o homem sondará os abismos do silêncio e da noite fecunda. A Musa
não cria nada por si mesma; é uma Sibila ajuizada que docilmente se faz serva
de um senhor...” (ou melhor, se finge de servidão e submissão, quando se tornar
realmente uma mulher livre) – Simone de Beauvoir (1949).
A ELAS, para as quais devo proclamar novos
des-mandamentos, questionando essa universalidade apenas por escrito, é que
pergunto: Como lhes provocar, nova e insistentemente, o espanto e a revolta?
Como lhes estimular a que não se tornem veículos, físicos ou até tecnológicos,
da moda, hoje midiática, da discriminação ou do ódio? Como reinventar seus
passos em direção à verdade sobre o amor e sobre o sexo? Como, enfim, ao falar
ou escrever, tarefa quase impossível, e não interpretar o desejo feminino, mas
sim torná-lo mais uma das forças desejantes de uma possível revolução
molecular?
Para que os e as que me
acompanham os meus pensamentos e divagações envio um
texto-quase-bomba-afectiva, envio, quiçá, o que me demandam estes tempos tão
pastorais e de novas repressões ou fanatismos. Envio um pouco de desmando,
desmanche e desatino. Uma proposta de inverter e subverter todas as imposições
que ainda recaem sobre um corpo-diferença que se tem tornado mais um corpo
serializado na produção de Vidas Nuas.
A vocês, e aos que se sentem no
feminino ao se deixarem tocar, envio estes DES-MANDAMENTOS, sem nenhum caráter
oficial, macropolítico ou de cunho religioso. Pelo contrário peço que os leiam
do fim para o começo, do meio para o depois, do hoje que já é amanhã para todas
as mulheres daqui e do resto do mundo espetacularizado e sob controle.
Imaginem, como uma pré-visão, o
Comando Central dos Exércitos dos Guardiões das Crenças e das Ilusões
Masculinas promulgando uma série de des-mandos dirigidos às perigosas e,
possivelmente, ameaçadoras (com certeza) mulheres que podem sabotar todas as
imposições e todos os projetos de controle e de submissão de seus corpos
femininos.
Eis alguns deles, como pura invencionice ou loucura:
1º - TODA MULHER não nasceu, não
nasce e nem nascerá LIVRE!
Parágrafo único – Por isso e mais
aquilo, por serem, por decreto das biopolíticas e psicobiologias, consideradas
o oposto e a falha binária, é que urge afirmar todas, incontestavelmente,
LIBERDADES... Caminhando nas estradas abertas contra todas as ‘MARCHAS RÉS’, principalmente aquelas que usam
sempre o discurso instituído da defesa da família, seus falsos Estatutos, ou
aquelas que reificam e glorificam Impérios, Estados ou divindades
neo-capitalistas.
2º TODA MULHER não teve, não pode
ter e não terá um verdadeiro “corpus” político!
Parágrafo único – portanto caberá
a todos os votantes-que-não-votam, mas pensam que sim, o dever de lhes
assegurar, não só no cenário e palco oficial, as suas múltiplas formas de
exercício da Política, com participação inebriante no que chamamos de VIDA
/POLÍTICA...
3º TODA MULHER, principalmente o
que chamamos de “mulherzinhas perigosas e desviantes”, pode e deve, como no
passado e nas Histórias, ser considerada uma VIDA NUA!
Parágrafo único – ao serem assim
catalogadas e destituídas de suas humanidades, vistas apenas como seres
biológicos, sob uma visão criacionista ou fascista, precisam ser/ter os seus
ÚTEROS E SEUS CORPOS sob proteção inestimável, já que são e serão os maiores
“focos” e “fogos” de re-existência possível, portanto, não se poderá
prendê-los, negociá-los, trafica-los, comercialmente ou como cobaias, nos novos
e sutis “campos de concentração das novas subjetividades assujeitadas”,
inclusive pelas MEDICINAS BIOTECNOCRÁTICAS. Não poderão, a partir desta data,
inclusive para o olhar psi, VIR A SEREM consideradas seres mal-castrados ou de
castração possível.
4º TODA MULHER E TODAS AS
MULHERES, inclusive aquelas que frequentam a Escola de Safo, NAS NOVAS ILHAS DE
EDUCAÇÃO SÓ PARA CORPOS FEMININOS, será monitorada e VIGIADA, individual e
coletivamente, COM O USO IRRESTRITO das câmeras e dos monitores, de seus
desvios ou DI-VERSÕES SEXUAIS!
Parágrafo único – como tal,
dentro da nova FALSA FILOSOFIA que se baseia nos TONS, todas as MULHERES SEMPRE
MENINAS devem E DEVIR SÃO, desde os seus berços, serem educadas e ensinadas
sobre sonhos libertadores, ou melhor, sobre as infinitas possibilidades dos
seus corpos, desde suas vaginas até as suas mentes divertidas, para além das
funções e funcionalidades permitidas aos seus úteros visíveis. Devem ser
alertadas, previamente, de que o CINZA SOLITÁRIO, SEM OUTRAS CORES OU SABORES,
TENDE SEMPRE PARA A MORNO-TONIA VITAL, mesmo quando lhe aplicamos o molho
SAZON-MASOQUISTA. Lembrar que nestas portas que se querem sempre escancaradas
aos poderes masculinos, jamais foi possível impor, inclusive pelo medo ou
temor, a suposta castidade, os cinturões e os vetos ao gozo e ao prazer.
5º TODA MULHER E MULHERES NÃO TERÃO
acesso igualitário, assim como sua permanência e sucesso, aos espaços
(inclusive os inacessíveis), sejam públicos ou privados, aos cargos, funções,
status, e, principalmente, ao que já se naturalizou como O PODER MASCULINO!
Parágrafo único – tais, como
gênero, assim catalogadas, dito feminino, podem e poderão ULTRAPASSAR os muros
e barreiras, visíveis e invisíveis, INCLUSIVE AS MURALHAS DA CHINA, quando lhes
propiciarmos , não a equiparação, mas
também os seus direitos aos sonhos e suas inerentes poesias corporais, aquelas
que desmontam quaisquer das forças que lhes oprimem. Todas terão direito ao LETRAMENTO,
das letras, das ideias, das críticas, das artes, das ÉTICAS e das mulheridades
impossíveis.
6º- TODAS AS MULHERES OU MULHER,
sejam singulares ou se pretendam plurais, são e serão INTERDITADAS, baseando-se
em suas condições humanas de “menores” e por suas "IN-CAPACIDADES” inatas, e, cientifica e religiosamente,
reconhecidas ”mundialmente”, assim como por alguns LEGISLADORES e
EVANGELIZADORES DA CONSERVAÇÃO, COMO TARAS E DEFEITOS HEREDITÁRIOS. Passados de
mães para filhas desde os tempos de EVA E LILITH.
Parágrafo único – ÁS MENINAS, tão
fisicamente diferentes dos meninos e outras orientações, principalmente às que
nasceram ou nascerão nos chamados locais de minorias ou marginalidades, deve e
deverá ser garantido o exercício libertário dos desafios aos limites e
limitações, sejam estas VISÍVEIS (impostas) ou IMAGINÁRIAS (resultantes da
colonização de seus corpos e inconscientes). E se tornem DES-OBEDIENTES,
ALGUMAS DES-VAIRADAS, OUTRAS DES-LUMBRANTES E A MAIORIA DES-MONTADORAS
DEMOLIDORAS DE MITOS, PRECONCEITOS E ESTIGMAS.
7º- TODA MULHER, NASCIDA e assim
determinada pela LEI, será acompanhada, como uma mercadoria valiosa ao Estado,
desde seu berço, família, crenças ou ideologias, a fim de impedir DESVIOS
MORAIS OU FUGAS PARA FORA DOS TEMPLOS E TEMPOS OFICIAIS!
Parágrafo único – às SUBMETIDAS,
a estas judicializações e vigilâncias, será garantido, além da defesa, o prazer
de transgredir e de violar quaisquer das PRÉ-DETERMINAÇÕES sobre o VIVER e a
sua EXPANSÃO CARTOGRÁFICA e RIZOMÁTICA, com rompimento de todos os parâmetros,
latitudes ou longitudes dos mapas pré-fabricados pela Sociedade do Espetáculo e
do Controle.
8º- TODA MULHER deve e deverá
obedecer a DISCIPLINARIZAÇÃO de seus corpos e de suas mentes/imaginários!
Parágrafo único – como há falhas
nessa afirmação de suas condições de falta e não-falos, a elas será estimulado
o alegre descobrir de suas MULTIPLICIDADES e SINGULARIDADES, incentivando as
suas desmontagens dos papéis e da
identidades do Mesmo e das falsas igualdades.
9º-TODAS AS MULHERES NÃO terão
re-conhecidas as suas potencialidades, para além dos já delimitados espaços
domésticos e domesticados, sob o risco e riso da desconstrução do RESPEITO À
HONRA dos homens pré-fabricados como “MACHOS”!
Parágrafo único – sabedores da
permanência dessa fabricação, agora por meios mais eficientes e sutis, em
especial pela midiatização do Viver, às mulheres será permitido ousar quebrar
os tabus e as tábuas bíblicas, assim como algumas das cadeiras de ferro a elas
destinadas pela HISTÓRIA OFICIAL e sua HISTORIOGRAFIA.
10º- TODA MULHER, ASSIM
CONSIDERADA, deve não deixar de SER MULHER, PADRONIZADA E OFICIALIZADA, segundo
os Princípios de todas as burcas e todas as algemas ideológicas das SOCIEDADES
DO CONTROLE E DA ORDEM, e, lógico, do
PROGRESSO!
Parágrafo único e a ser demolido
– como TODAS AS MULHERES trazem em si muitas outras, e algumas são e serão
sempre OCULTAS E SECRETAS, a elas deve ser facultado o aprendizado das DIFERENÇAS
e das PLURALIDADES, tornando obsoletos e descartáveis, não seus corpos, agora
não mais VIDAS NUAS, todas as formas de IMPOSIÇÃO DA NUDEZ autorizada pelo
Capital e pela Capital. TODAS AS FORMAS DE DES-MANDAMENTOS, aqui inventados ou
sonhados, SERÃO QUEIMADOS EM PRAÇA PÚBLICA, assim como na Santa Inquisição, nos
fascismos e nos diversos fundamentalismos APERFEIÇOADOS. E NÃO SERÃO MAIS
REPRODUZIDOS, POR QUAISQUER MEIOS OU MÍDIAS, EM ESPECIAL PELAS REDES ONDE
IMPERAM OS BOATOS, A INFÃMIA, A CALÚNIA E A DISTORÇÃO. E, como finalidade,
RETIRAR O ESTIGMA DE FEITIÇARIA E BRUXARIA DOS CORPOS FEMININOS, que ELAS
possam inverter sua posição, todas as posições, e continuar nos dando nossas
impotentes ilusões de PODER...
Os e as que aqui se manifestarem
poderão encontrar, de minha parte, como corpo autorizado pelo modelo/gênero
masculino em nós naturalizado, uma “brutal e inconsciente” REVOLTA E REPRESSÃO afinal ter de se
reinventar e desconstruir é quase uma tarefa, humana, IM-POSSÍVEL. E as
POLÍCIAS DO PENSAMENTO, MESMO DISFARÇADAS DE LIVRE COMUNICAÇÃO, continuam e
continuarão a nos castigar. E as multidões, como fogueiras, poderão vir, elas
são ditas ou ditadas no feminino...
E, eu, um simples proclamador
desses des-mandamentos também quero descobrir os outros CINQUENTA que SE TORNAM DES-TOANTES das NORMAS E DAS NORMALIZAÇÕES sobre o viver... Se possível ainda CONTAMINADO E
CONTAGIADO pelo MISTÉRIO e pelo INSONDÁVEL QUE É SER E ESTAR MULHER.
Copyright/left –
jorgemarciopereiradeandrade 2015-2016 (favor citar o autor, no masculino, em
todas as republicações livres pela Internet e outras formas de midiatização,
inclusive as hipócritas, para as massas que não serão multidões)
Para LEITURAS CRÍTICAS –
Sobre a história dos feminismos –
O SEGUNDO SEXO- Vol. 1 FATOS E MITOS e Vol. 2 A EXPERIÊNCIA VIVIDA – Simone de
Beauvoir, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, RJ, 1980.
Sobre nossas tonalidades e
des-coloridos afectivos e sexuais – SACHER&MASOCH – O frio e o cruel,
Gilles Deleuze, Zahar Editores, Rio de Janeiro, RJ – 2009.
Sobre novas cartografias e
suavidades do Feminino – CARTOGRAFIA SENTIMENTAL – Transformações contemporâneas
do desejo, Suely Rolnik, Ed. Estação Liberdade, São Paulo, SP, 1989.
SOBRE O PERSONAGEM DE QUADRINHOS – MAFALDA - Conheça 'O
Mundo Segundo Mafalda' em exposição gratuita e interativa (até 15 de março) em
SP - https://catracalivre.com.br/sp/agenda/gratis/conheca-o-mundo-segundo-mafalda-em-exposicao-gratuita-e-interativa/
LEIAM TAMBÉM NO BLOG –
MULHERES, SANGUE E
VIDA, PARA ALÉM DE SUA EXCLUSÃO HISTÓRICA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/03/mulheres-sangue-e-vida-para-alem-de-sua.html
MULHERES, DIREITOS HUMANOS HOJE E SUA EXCLUSÃO, EM TEMPOS PASTORAIS... http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/03/mulheres-direitos-humanos-hoje-e-sua.html
MULHERES PODEM SE TORNAR UM DEVIR, NÃO SÃO E NÃO SERÃO UM DEVER http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2014/03/mulheres-podem-se-tornar-devir-nao-sao.html
O MARTELO NAS BRUXAS – COMO “QUEIMAR”, HOJE, AS DIFERENÇAS FEMININAS? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/11/o-martelo-nas-bruxas-como-queimar-hoje.html
Parabéns Doutor! É emocionante e transmite solidariedade às mulheres, principalmente às que são vítimas de opressão, e expostas a todos os tipos de violência. Um abraço fraterno.
ResponderExcluirNovamente o parabenizo pelo texto que nos faz refletir e nos re- inventar. Obrigada.
ResponderExcluirDe Maria Albertina (luso brasileira)
ResponderExcluirOlá, Jorge Marcio! Emocionante!Lá se vão vinte anos, quando lhe reencontrei. Foi no dia 08 de março de 1995, no auditório do INSS, na Rua Pedro Lessa, 36 – no Rio de Janeiro. Lembra? Naquele dia, você estava ministrando uma palestra em homenagem ao Dia da Mulher. Amigo,parabéns pela pessoa visionária que você é/sempre foi! A igualdade de gênero só será alcançada quando os homens estiverem bem integrandos nesta causa. Você já está! Beijinhos.
Texto lúcido, que tive a oportunidade de ler agora. Século XXI e ainda necessitamos destes olhares atentos, para não entrarmos na era dos pensamentos automáticos e sem profundidade da pós modernidade. Grata por representar tantas vozes. Abraço !
ResponderExcluirGICELIA GOMES ( da Bahia, via Facebook)
ResponderExcluirObrigada por expor essa falsa imagem de igualdade.Mulheres especialmente pobres e negras,sofrem violência de todas as formas,tem seus direitos violados,são desvalorizadas...Seus textos me fazem ler de fato, chama a atenção para fazer as pessoas pensar e rever seus conceitos sobre nos mulheres.Somos violadas desde a hora que nascemos,por ser mulher costumes antigos que nunca mudaram,somos consideradas inferior aos homens.Precisamos de muita luta,ousadia para ter um bom emprego,fazer uma boa faculdade.Passamos por muitos preconceitos sim.Igualdade que se fala é apenas uma falsa imagem.Creio sinceramente que não queremos tomar o espaço dos homens ou ser superior aos homens.Apenas queremos ter nossos direitos de mulher,trabalho,estudo,respeito.Muito obrigada de coração,muito maravilhosa matéria os dez mandamentos.Desejo ótima tarde!
Excelente! Obrigada.
ResponderExcluirTal texto lido pelo ignorante será odiado, minha dúvida ainda é como sensibilizá-lo para esse aprendizado e diminuir essa distância.
Perfeito! Amei ler, refletir e acomodar esse seu olhar tão profundo e igualitário sobre a questão de gênero. cada vez vez mais amo ler seus textos!!!
ResponderExcluirSeus des-mandamentos contemplam integralmente minha recém-adquirida, feminilidade (ou minha ausência de falo), pois venho de uma era aonde tudo de proibido se fazia (desde que, às escondidas), onde a hipocrisia era lei. Venho daqueles "anos-dourados", dos anos 50/60, foi neles que me formei. Até alcançar aquele estágio, onde ela se afirma fêmea (ou melhor, se finge de servidão e submissão, quando se tornar realmente uma mulher livre) – Simone de Beauvoir (1949), perdi mais de meio século. Lamento só é que deva esse agradecimento, à doença mental de meu filho! Foi através dela que comecei a questionar aquelas leis (e a desobedecê-las), fazendo com que invertesse toda a ordem estabelecida. Meu dulceabraço! Dulce Santos
ResponderExcluirHa mulheres referência muito alem desta data,trajetoria que motiva quem convive #juntos!
ExcluirInstigar, mastigar seus textos, sentir gosto e prazer! Eita nós que juntamos nossas insubordinações de gênero, rompemos com os mandamentos,construímos outros sem manda/ sem mentor que nos faça viver acabrestados. Assim, denunciamos e nos libertamos para prazeres comuns/comunas docementeabraçados, jungidos em poemas.
ResponderExcluirJá te dissera tudo!Já te falaram das asas que dás? Já te falaram de
ResponderExcluirtodas as delícias que prometes para o mundo? Já te falaram da dança na luz e na sombra e na chuva?Obrigada pelas asas, pelas delícias, pela dança, pelo fluir, pelo estar, pelo ser, pelo poder, pelo devir.Em nome de todas!
Parabéns Jorge Marcio! Mais uma vez o seu fazer pensar desafia, instiga! Refletir sobre a condição da Mulher, sua subordinação a tantos séculos e a religião ainda tece cabrestos, coloca vendas, tapas. Seu fazer textos intrigantes, poéticos, desafiantes com seu, sentir olhar solidario faz desses Dez Mandamentos um registro para mudar rumos, um selo que ficará timbrado meu coração e gostaria que fosse no de todas as mulheres.
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