domingo, 14 de agosto de 2011

AOS PAIS QUE APRENDERAM COM A(R) DOR AS PERDAS

Imagem Publicada - a foto colorida da capa do filme AS CHAVES DA CASA (com título em francês: Les Clefs de la Maison), com os atores Kim Rossi Stuart e Andrea Rossi, interpretando os papéis de pai e filho, com os rostos próximos. É a história de um filho com paralisia cerebral (Andrea Rossi), com 15 anos, que faz com que o pai tenha uma grande transformação e mudanças em seus preconceitos e culpabilizações. O pai (Kim Rossi Stuart) tem um encontro dramático com uma mãe de outra pessoa com deficiência, interpretada por Charlotte Rampling, que lhe faz superar suas velhas dores afetivas ligadas ao filho.


Minhas dores já se tornaram minhas velhas companheiras, me ensinam. 


Já disse, outro dia, que ainda vou escrever sobre as fagulhas e as agulhas das dores. Mas as minhas dores, hoje, são primordialmente físicas. As dores que eu vivencio, hoje, não se comparam as que guardo como pai. E, para os pais que aprenderam a viver e conviver com as suas dores mais recônditas, muitas vezes escondidas ou negadas, é que escrevo nesse chamado, também comercial, Dia dos Pais. Há pais que não ficam, nem ficarão, mesmo no carinho e amor de suas famílias, longe de suas dores... 


A dor que nos ensina vem de nossas experiências com nossos filhos. Escolhi dois filmes italianos, que gosto muito, para me lembrar da existência de pais que dificilmente se recuperam quando as perdas os atingem. Temos, provavelmente, muitos pais que, nesse momento, estarão perdendo seus filhos. Principalmente pelo que hoje vem sendo cometido contra a nossa juventude. Em algum lugar, em alguma cena triste ou de pesar, há alguém recebendo a notícia dessa perda inesquecível. O Dia dos Pais não nos exime de perder aqueles que nos homenageam hoje e sempre. 

O que me perguntei ao assistir o filme foi: As Chaves da Casa - onde estão as chaves??. Para ter "chaves" de uma casa primeiramente precisamos de ter uma "casa". A que me refiro e penso não é necessariamente do programa Minha Casa, Minha Vida, embora possa parecer título de cinema. É uma casa mais simbólica do que concreta e de concreto. É a casa construída dentro do imaginário e das nossas recordações. Onde podemos guardar/recordar de outro filme, outra história: O Quarto do Filho. 

Uma casa do passado onde as minhas, as suas e as perdas afetivas de filhos de alguns pais tem suas sombras, suas nuances e suas claridades possíveis. Lá estão guardadas as dores, na diferença de intensidade de cada um. Já escrevi: nós, pais, somos diversos além de diferentes. 

O primeiro filme. "As Chaves da Casa", em uma leitura simplista, pode parecer nos convidar para entrar em um universo sentimental que geralmente chamamos de lar. O filme, porém, nos traz uma abordagem da relação com a deficiência que precisa ser pensada, pois em um momento crucial do mesmo é afirmada mais uma vez a relação errônea entre Doença e Deficiência. 

A atriz Charlotte Rampling, mãe de uma moça com paralisia cerebral, que freqüenta o hospital onde se faz a reabilitação, dirige-se a Kim Rossi Stuart, no papel de pai de Paolo, o jovem filho, também com paralisia cerebral e lhe diz que ele “tem sorte, pois a doença o protegerá pelo resto da vida...”, e não foi erro de tradução, pois o italiano usado pelos atores é perfeitamente traduzível para nossa concepção de enfermidade. 

As deficiências, de nossos filhos, não são uma proteção eterna. Muito menos são doenças. Há uma relação a ser descoberta com o título dessa película. Acredito que o autor e diretor do filme quis nos levar a pensar primeiro em AUTONOMIA, pois quem tem todas as chaves da casa neste filme é o sujeito com deficiência. 

Paolo (Andrea Rossi) é que sabe das chaves, tendo inclusive uma chave para o ladrão. Ele também é o filho que foi "abandonado" pelo pai há muito tempo pois recebeu a culpa da morte de sua mãe. E, sendo um sujeito com uma deficiência, nos imprime também alguns temores, inclusive o de nossa igualdade na fragilidade física. 

Eis aí um prato cheio para uma psicanálise das fontes de culpabilização que se imputam aos pais de filhos com deficiência. O jovem Paolo nasce e sua mãe morre no parto. Ficam, então, o pai e o filho, separados por 15 anos, com o futuro para se aproximarem e, dolorosamente, aprenderem a amar um ao Outro. E, somente após seus lutos reconhecidos, poderão descortinar que não há nenhum vácuo, vazio ou ausência na morte. Há também possíveis re-nascimentos afetivos. 

São estes re-nascimentos afetivos que podem ajudar a cicatrização de nossas feridas. As mesmas que nos causam mais dores do que as físicas. As que surgem das perdas ou traumas com os nossos filhos. Há aí um exemplo fidedigno na belíssima obra de cinema: O Quarto do Filho (vencedor da Palma de Ouro e o Prémio FIPRESCI na 54ª edição do Festival de Cannes). 

Nesse filme de Nanni Moretti, diretor e protagonista, nos mostra o que um pai pode guardar da dor ao perder um filho. Ele interpreta um psicanalista que vive às voltas com seu trabalho analítico com a loucura, as neuroses, as fobias, e as dores dos outros. 

Ao ter seu filho morto em um acidente em uma praia, ao tempo em que trabalhava, passa a viver a dor da culpa de não estar ao lado dele. A dor que se mistura com culpa por não ter ''salvo'' o filho. Muitos pais já experimentaram essa amargura. A eles envio minha solidariedade, mas também meu aprendizado de transformação do luto em paixão pela vida. 

Uma lição sobre como não cair na mesma situação representada por Nanni Moretti. O seu psicanalista, Gianni, reencontra-se com a crise familiar diante da tragédia. Ele para de trabalhar com os outros e passa ao mais árduo dos trabalhos: a auto-análise crítica e a elaboração de sua perda filial. 

Os dois filmes italianos, mantidas as suas diferenças e propósitos, nos trazem nos títulos a presença de nossas vidas "intradomus", ou seja dentro da família, dentro de nossos lares e seus conflitos. Trazem também, como já disse, um outro tipo de "casa ou quarto". Trazem os sótãos e os porões de nossos inconscientes onde se abrigam ou se refugiam nossas dores, as nossas dores de amores perdidos. 

E a perda de um filho ou filha pode ser, hoje, a única lembrança de algum pai, em todos os lugares. A estes pais que não superaram as suas perdas, qualquer que sejam seus motivos, envio hoje um abraço doce, forte e caloroso. A eles dedico um pouco de minha lembrança do dia em que perdi meu filho Yuri. 

O aprendizado que meu filho me deu, assim como a dor de sua perda, têm me alimentado a resiliência vital. Em busca de uma outra forma de lidar com o que muita gente ainda considera uma "doença", ou seja uma 'deficiência' em um filho, aprendi que nós é que podemos nos adoecer e, até enlouquecer, se não re-conhecemos, para além de quaisquer profissões ou aprendizados, a sabedoria cotidiana de reverenciar nossos mortos. A sabedoria de aprendermos a morrer vivendo intensa e criativamente. 

E, COM ARDOR COMEMORAMOS, AMOROSAMENTE, NOSSO DIA... nossos dias... carpem diem... 

A TODOS OS PAIS e também às mães, em seus dias de não ficção cinematográfica da dor ou das perdas deixo minha poesia: 

NENHUMA MORTE DEVE SER EM VÃO

RÉQUIEM para um filho amado
Te procurei entre as nuvens
pela janela pequena dos meus olhos tristes...
Voando
Te procurei entre as nuvens, última esperanca
de vê-lo voando no tapete branco das nuvens
Mas não se distiguem os anjos das nuvens !
Não se pode ver o branco sobre o branco,
onde não há diferenças ou nuances
Nem mesmo com a dor-vontade de vê-lo agora
FILHO MEU ! filho que partiu como um devir entre as nuvens
Tuas diferenças e teu cândido olhar falante,
para além de todas as falas e palavras ditas,
me ensinou, e ensina ainda, a buscar além das nuvens
a sonhar com um mundo-céu-azul
onde as criancas de todas as cores, como você
e todas as outras tão diferentes, tão diversas,
nos ensinam que
só há um vôo a realizar,
APRENDER E ENSINAR A AMAR TODAS DIFERENÇAS
.

PARA YURI, o `TERNO` COM TODA TERNURA E AMOR DO SEU PAI Jorge Márcio Pereira de Andrade.
"O poema acima foi escrito hoje (15/04/2000) ao voltar de viagem,num avião, onde sómente a escrita pode dar conta da minha dor e paixão pela perda de meu filho, Yuri, com 13 anos,e uma pessoa muito especial, para além de ser paralisado cerebral ou pessoa com DEF - Distúrbio de Eficência Física" (www.defnet.org.br abril de 2000)

O MESMO RIO QUE NOS LEVA PODE TRAZER NOVAS ÁGUAS, E NÃO APENAS SEIXOS ROLANDO EM SEU FUNDO...

Filmes citados no texto:
AS CHAVES DA CASA
https://www.adorocinema.com/filmes/chaves-de-casa/
Título original: (Le Chiavi di Casa) Lançamento: 2004 (França, Alemanha, Itália) Direção: Gianni Amelio

Atores: Kim Rossi Stuart, Andrea Rossi, Charlotte Rampling, Alla Faerovich.

Duração: 105 min Gênero: Drama

O QUARTO DO FILHO - https://www.adorocinema.com/filmes/quarto-do-filho/

Título original: (La Stanza del Figlio) Lançamento: 2001 (Itália) Direção: Nanni Moretti

Atores: Nanni Moretti, Laura Morante, Jasmine Trinca, Giuseppe Sanfelice.

Duração: 98 min Gênero: Drama

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 EXISTEM PAIS DIFERENTES OU DIVERSOS PAIS?
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17 comentários:

  1. feliz dia dos pais, meu amigo.
    te contar, meu pai foi quem me apresentou o defmet se ele tivesse vivo vcs iam ser mt amigos e ele ia ter mt orgulhor de te conhecer como eu tenho. meu pai viva me mostrando as coisas do defnet, e se na epoca existi-se blog ai q ele ia amar... rs.

    te adoro
    abraço doce
    pri

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  2. Querida Pri e seu rico lado esquerdo
    obrigado por sua doce mensagem nesse dia, e tenho certeza de que o seu Pai seria meu grande amigo, tanto quanto a filha dele...e que me sinto honrado com o carinho que me dedica. A sua força e coragem me inspiram e animam, assim como me confortam, pois sei que há um pouco do Yuri em seu coração... um doceabraço como se fosse do seu pai

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  3. Bom dia Jorge, sim entendo seus sentimentos, conheci Yuri e você juntos e muito linda e forte a relação de vocês. Parabéns pelo seu dia hoje e pelo filho das nuvens e dos filhos da Terra.
    Te cuida e transforma as suas dores em nuvens de algodão que as crianças e anjos gostam...aonde Yuri estiver sei que leu seu Poema.
    Bj Gabriella Rangel

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  4. Querida e sempre militante Gabriella
    agradeço seu comentário, aliás seu elogio à minha relação paterna, com a lembrança de nossas ações e intervenções pelo DefNet no Museu da República, por exemplo, e o ato ecumênico que celebrou o meu querido YURI... Mas eu ainda tenho as outras vidas e amores para celebrar, e o texto foi para lembrar dos que perderam um ou mais filhos e nunca mais puderam superar, com efetividade vital, essas perdas e dores....um doceabraço

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  5. Alexa Albuquerque Marcicano Nunca passei por uma dor tão grande assim...sou privilegiada. Mas....já acompanhei algumas perdas, o meu trabalho me coloca muito próxima das dores do mundo...sou Assistente Social. Lendo seu texto, visualizei tantas perdas...perdas de cria...nças que conheci ainda bebês....que foram atendidas por nós/Instituição, por muito tempo... e você tem razão querido...elas deixam TANTO....que quando as perdemos comprometemos o nosso "coração"...e nos sentimos ainda mais responsáveis pela profissão q escolhemos, pela postura, pelas palavras por nós proferidas e pelas nossas lutas...Seu texto, tão bem escrito, tão verdadeiro, tão sensível ajudará muitos pais...que ainda se encontram perdidos na dor..., seu texto ajudará pessoas que passam e passaram pela minha sala.., pessoas que buscam respeito, atenção, cumplicidade... Você está fazendo a sua parte brilhantemente!!! Obrigada por dividir conosco.

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  6. Querida Alexa
    O seu depoimento-comentario acrescenta muito ao meu texto, e mais ainda o justifica... espero que muitos pais possam ser tocados pelo que escrevi a partir de minhas próprias vivências com as perdas e a dor que elas acarretam... um doceabraço

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  7. Jorge,
    simplesmente maravilhoso o texto , a poesia e tudo o mais.
    Saiba e sinta que quando perdemos quem mais é caro na nossa vida, podemos nos conectar unindo o mais límpido, divino e verdadeiro eu com o ente que se foi, pois somos pura energia e por isso estamos ligados para todo o sempre.
    Um maravilhoso fim do dia dos pais e continue cuidando de muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitas pessoas que continuam necessitando de ler e sentir seus textos,
    abraços
    Ana Flávia

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  8. Jorge,

    Belo e emociante texto. Ainda me lembro do seu filho e estou com ele na memória. Um belo e doce menino.
    Sinto orgulho em conhecê-lo, vc é um homem que nos faz ainda acreditar na humanidade e nos brasileiros.
    Pelo sua ética, decência e humanismo( está palavra fora de moda) o seu filho também estaria orgulhoso.
    Pena que vc não esteja mais no Rio, que a distância não nos separe.
    Tentei postar um comentário, mas creio que não consegui.

    Feliz Dia dos Pais!

    Abraços, Milton Ayres.

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  9. Grande Jorge Maarcio

    sua sensibilidade é infinita

    me ajuda e ensina muito

    com carinho

    Paulo Amarante

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  10. Jorge,você sabe que eu não tinha como ler esse texto sem chorar e por isso precisei esperar até hoje.
    Estava me preparando, mas não funcionou muito.
    Apesar de nunca ter tido uma perda dessas,fui acumulando pequenas e constantes perdas durante o longo caminho percorrido, muitas vezes à duras penas, e também muitas vezes me culpei em situações aonde não havia culpados.Foi preciso ir e vir diversas vezes aos sótãos e porões do meu inconsciente para perceber que não havia culpados.
    E obrigada por nos mostrar que NENHUMA MORTE DEVE SER EM VÃO.
    Parabéns pelo pai que você é!!!
    Um grande e doce abraço :o)

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  11. Jorge,

    Parabéns pelo texto e pelo Pai que você se transformou!!!
    Penso que na vida tudo há um propósito, senão de que valeria tanta dor?
    Cabe a cada um de nós descobrir uma maneira de alivia-la. Quando atingimos este patamar percebemos o tamanho da força que temos e ao movimentá-la somos capazes de aliviar outras dores também.
    Peço licença para colocar este texto em meu Blog para reflexão das famílias que ainda não encontraram um caminho...
    Felicidades e Muita Luz!!!

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  12. Jorge Márcio... no poema, não o Doutor, apenas o pai, com o coração dilacerado pela dor... Você disse bem sobre os pais que nunca puderam superar efetivamente a perda de um filho amado! Sabemos bem desse luto que fica um tempo escondidinho no fundo da alma, para retornar, solenemente, em datas marcantes de nossas histórias familiares! Depois, o cotidiano nos faz retomar as preocupações e ocupações, e vamos vivendo a vida, apesar das cicatrizes...Obrigada pelo belo poema que acabo de ler!!! Um forte abraço, com carinho, admiração e respeito!!! Deise

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  13. Olá Jorge!
    Devido a falta de tempo e por fazer um e-mail para somente acessar o blog, hoje não sei porque resolvi abrí-lo logo cedo e e visualizei teu E-mail indicando este texto, o que me chamou a atenção pela riqueza de detalhes e principalmente quando falas" E, para os pais que aprenderam a viver e conviver com as suas dores mais recônditas, muitas vezes escondidas ou negadas, é que escrevo nesse chamado, também comercial, Dia dos Pais. Há pais que não ficam, nem ficarão, mesmo no carinho e amor de suas famílias, longe de suas dores..." As vezes somos egoístas demais com nossas pequenas dores, comparadas com outras dores maiores um dia desses escrevi sobre isso. Vou divulgar teu blog no meu blog e peço licença para postar esse texto no meu blog "Reeducar um novo tempo" nele tento postar algo que venha reeducar a postura do ser humano. Recentemente tive a perda de um querido sobrinho e mesmo não sendo mãe, me sentia um pouco mãe. Era um menino maravilhoso e tenho certeza que continua sendo ao lado do querido Deus. Espero que sua dores sejam amenizadas pela paz do senhor e obrigada por nos proporcionar lições de amor.
    grande abraço
    Nilva

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  14. Belíssimo texto. Lição com emoção... o amor é assim, em algum momento, abre espaço para a aprendizagem do que é ele de fato e faz do amante, não só aquele que ama; mas, aquele que cresce no amor, que se faz merecedor da condição de amar; por si e pelo ente amado.
    Grande abraço, Nádia.

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  15. Oi Jorge.
    "Comemoremos, pois, com ardor, amorosamente, nosso dia... Nossos dias.
    FELIZ DIA DOS PAIS
    Na Luz e na Paz
    Nilton Salvador

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  16. Lindo e emocionante! Compartilho da mesma o e eternas saudades.

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  17. Seu texto e poesia me emocionaram. Não vivenciar o que esta posto tanto no texto, quanto nos filmes, nos oportuniza imaginar a situação, a dor, a aprendizagem, mas chamais nos dará a dimensão de sentir o que os pais sentem...

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