quarta-feira, 1 de maio de 2013

SOMOS TRABALHADORES COM "SAÚDE"? COM DOR OU ARDOR NAS LUTAS E LABUTAS? ATÉ QUANDO?


Imagem – a figura de SÍSIFO, em uma pintura clássica de Tiziano Vecellio, datada de 1549, onde está pintado o mítico mortal que traz sobre as costas uma enorme pedra, em movimento de subida de uma montanha. Ele recebeu um castigo de Zeus, por suas ousadias, espertezas e tramas, condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo". Quem são e serão os Zeus destes tempos da Idade Mídia? Os Sísifos nós já os somos e sabemos.

“OCULTO retêm os deuses o vital para os homens, senão comodamente em um só dia trabalharias para teres um ano, podendo em ócio ficar [...] Mas Zeus encolerizado em suas entranhas ocultou, pois foi logrado por Prometeu de curvo tramar, por isso para os homens tramou pesares: ocultou o fogo(Hesíodo – Os Trabalhos e os Dias)

Esta citação a utilizei em um texto de 2007, dentro de um artigo publicado no livro A Reforma Psiquiátrica no Cotidiano II, onde já falava, como antevisão pessoal, a resposta à indagação deste trecho onde indagava sobre a nossa saúde ao trabalhar.

O texto era sobre o Risco como potencialidade no trabalho com Saúde Mental. Estava ainda no combate cotidiano de um Caps III aqui em Campinas. Não imaginava que iria vivenciar, dois anos depois, um “acidente de trabalho”. Não tinha a resposta sobre a dor que pode nos acompanhar a cada dia nas lutas e, mais ainda, nas labutas.

Hoje, Dia Internacional do Trabalho, ou seja, do trabalha-a-dor, resolvi relembrar este artigo e o que indiquei sobre nossos riscos, principalmente os criativos, mas também os que são negados sobre a realidade dos muitos que se arriscam em todos os campos da atividade laborativa, para que o “trabalho seja um sucesso”.

Somos ainda uma mistura de Sísifos com Prometeus? Sim, pois nosso mundo hipercapitalista, gestado e gerado nos tempos das fábricas do modelo fordista, com sua serialização alienante, indo até os ambientes mais humanizados, com suas ginásticas laborativas, nos ditos tempos modernos, ainda não nos deu o direito ao “fogo” oculto por Zeus.

Aquele que Prometeu roubou há milênios era apenas o que acende e apaga. O fogo que crepita, que ilumina, resolve nosso temor do Outro na escuridão e que nos deu, como história, as nossas primeiras guerras.

O “fogo da grana” que, simbolicamente, atualmente é fugaz e consumidor, ainda nos mantêm fascinados pelo trabalho. E, contentes, como os anões da Branca de Neve, vamos com nossas hipermodernas picaretas extrair novos valores das novas e maquiadas Serras Peladas.

Segundo o sociólogo Richard Sennet estamos nos iludindo, apesar de todas as mudanças para melhor com as novas tecnologias no trabalho, já que a fugacidade de nossos empenhos nos deixa sem um objetivo maior. Nossas construções têm mais de Torres Gêmeas de Wall Street do que Muralha da China para este autor.

Ele nos indaga, com sua posição sobre o trabalho como gênese de nosso caráter, como traços pessoais a que damos valor em nós mesmos. Hoje não mais seriam os que esperamos ou buscamos para que outros nos valorizem.

Estou cercado, onde moro, por trabalhadores e os ruídos que produzem. E, invadido por sua dodecafonia intensa, pois erguem um enorme prédio, posso ver sua célere dedicação à construção, como na música do Chico Buarque.

 As suas atividades não cessam nem mesmo na hora do almoço. Devem fazer turnos para o mesmo, como nos Tempos Modernos de Chaplin. Eu os imagino sendo submetidos àquela máquina à qual Carlitos, experimentalmente, como cobaia humana, engole porcas e parafusos junto com uma espiga de milho. Uma máquina que otimiza o tempo fabril, aumenta a produção e garante, já 1936, apenas lucros. Assistam ao filme e o compreenderão como uma antevisão que nos avisa até da Sociedade do Controle.

Nessa obra prima já poderíamos incluir as indagações de Sennet: “Como decidimos o que tem valor duradouro em nós numa sociedade impaciente, que se concentra no momento imediato?”.

Por isso nos tornamos Sísifos? Por essa velocidade que temos de ter e responder socialmente que não nos deixa ver o fardo que nós carregamos, descarregamos e, inconscientes, novamente carregamos até o monte final e imediatista do lucro.

Não bastou terminarem o grande prédio, a ser totalmente comercial, e, na outra esquina, da mesma rua, grandes máquinas e seus operadores já batem as estacas de outro “empreendimento totalmente vendido”.

A não sinfonia dos motores, serras, brocas, martelos, e, imagino, das mãos sôfregas reinicia uma jornada prometeica. Há trabalho, há riscos e há necessidade de mais uma construção. Surgirá ali mais um templo para os trabalholatras e sua trabalholatria.

O novo momento imediato comprova que novas massas e cimentos, assim como a de homens, se formam/reproduzem para erguer, apesar da dor e do cansaço um novo espaço para outros trabalhadores ou adoradores do próprio umbigo trabalhista.

Em 2007, com citei, já refletia que o “trabalho tem em sua derivação etimológica um componente indicativo de uma das  suas possibilidades de afetar a saúde de quem o exerce”.

Hoje, à tarde, tive de fechar os olhos,o nariz, a boca e os ouvidos. Estavam lançando quilos e mais quilos de poeira da obra. Eles, os trabalhadores em atividade, não pensavam no que inalavam e nem o que, aos transeuntes, impunham como castigo prometeico também.

Segundo a história do trabalho, este termo deriva de ‘tripalium’, do latim, que eram os três paus ou estacas de madeira utilizados para a ‘tortura’ de quem recebia por e para ser um escravo.

 Aquele Império, o mesmo que nos legou o Direito, se sustentava com essas práticas e com o ‘sal-ário’ (salário) utilizados para o disciplinamento e submissão dos corpos que alicerçavam e pavimentaram os monumentos e as Vias Ápias de Roma e de todo o Império.

Os nossos gregos, hoje desempregados e não mais clássicos senhores ou patrões, há alguns milênios nos distinguiram a diferença entre os radicais: “erg” e “pónos”. O ergón se aplicava apenas ao trabalho agrícola, à mão na enxada. Este radical está no meu nome: George = agricultor, aquele que trabalha terra.

Já o “pónos’ poderia ser traduzido como ‘fadiga’. É este o trabalho árduo, o dos que carregam as pedras, como Sísifo, e é o termo grego para um dos males que saiu da jarra de Pandora, aplicados aos homens por Zeus. Os ‘males’ que nos restaram como punição a Prometeu que ousou nos entregar o fogo divino.

Nessa mitologia, que aproximo dos nossos dias incendiados da modernidade cansada pela cultura do medo, repetimos, neurótica e histericamente, a submissão dos nossos corpos adestrados, já que “tendo escondido o fogo (pyr), o homem, desfalcado, precisa trabalhar”.

Dessa constatação é que deriva a minha frase: “o Trabalho não dignifica o Homem. O Trabalho Danifica o Homem”, quando se torna escravizante, idolatrado, ocultador de valores, indigno, explorador das vulnerabilidades, desumano, contrário aos Direitos Humanos e pseudo-includente, ou seja, cria, como no caso de pessoas com deficiências, um espaço reservado, porém, sempre subalterno e submetido de quem é incluído.

Por isso, indo além da histórica greve de Chicago, passando, hoje, para as fábricas de roupas de marca que exploram imigrantes, deve-se reconhecer, como Hesíodo, que há “diferentes trabalhos”, assim como “diferenças no trabalho”, como a raça, a orientação sexual, as deficiências ou o gênero, que podem nos trazer ‘dias’ muito díspares. Uns mais duros do que outros. E, as greves já não têm os mesmos objetivos e ideais.

Por exemplo, aos trabalhadores que assisto de minha janela, distante da ‘mão na massa’, só parece restar muito mais ‘pónos’, estafa, exaustão e novas pedras para rolarem. Porém, reconhecendo que não há trabalho sem estes riscos, tento ver nos seus rostos um pouco mais que o suor. Há também sua possibilidade de construção e não corrosão de seu caráter.

Esta perspectiva de um futuro para todos e todas, trabalhadores e trabalhadoras, hoje termos que já não tem os mesmos significados e significantes do passado, exige de nós a construção de outro “prédio” a que chamarei de a Torre de Pisa da ética do trabalho. Um monumento que deverá ser mantido e preservado.

Somos agora, nesse instante das redes e da inteligência coletiva, passíveis de construirmos um novo equilíbrio, uma nova edificação para além das reengenharias, um novo e consistente modo de receber pelo que fazemos ou criamos ou inventamos.

Porém, enfim, será necessário que os sabotadores de nós mesmos, que tenhamos a ideia e não a ilusão de que nossos trabalhos, cada dia mais ‘especialistas’, não são uma ditatorial fonte da Vida.

Não podemos alegar, toscamente, que, por exemplo, se um jovem pode ter alguns “privilégios” como o trabalho com carteira assinada, sua maioridade penal já está consubstanciada por essa condição. Muitas vezes esses trabalhos não são nem serão sua garantia para o usufruto de direito dos bens sociais.

Em tempos de cultura e culto do Medo e da ideologia de segurança privada para alguns, com outras tendências microfascistantes do viver, é urgente que nesse cenário se produzam novas cartografias, novos agenciamentos e encontros, com a suavidade e a inversão de nosso temor de sermos tocados.

Outrora, na escuridão das noites pré-históricas, nos reuníamos em torno do fogo, e nos aproximávamos uns dos outros. Nossa sobrevivência dependia do Outro. Hoje, individualistas e tementes dos riscos, embora eles sejam imanentes a quaisquer trabalhos, aceitamos e naturalizamos quaisquer formas de escravidão, desde as visíveis até as mais sutis.

Voltei ao meu ‘trabalho’ escrito de 2007. Voltei também a refletir sobre a busca de um modo menos endurecido e cristalizador de trabalhar.

O ato de escrever não é, nem será menos nem mais do que aquele trabalho que vejo, sinto e escuto tão perto de minha janela, do meu chão, do meu teto. O que eles constroem para o trabalho futuro de outros também deveria ser mais “ergonômico”, e, dentro da minha visão, menos árduo, sem o temor de construir sincera e eticamente uma torre aparentemente torta e inclinada como estas letras.

Quando a dor ou o ardor do trabalho dos outros me afeta, e os resíduos ou entulhos ideológicos são lançados fora, abrimos novas portas e janelas para formar coletivos criativos de devir afetuoso.

Há futuro para os trabalhadores e trabalhadoras, no meu desejo, se não tememos ousar romper as correntes, visíveis e invisíveis, das estigmatizações, dos preconceitos, das segregações, das flexibilizações, da negação dos direitos adquiridos e conquistados, das ausências de dignidade, das explorações que ainda se perpetuam em nosso país.

O relógio de abertura dos Tempos Modernos não para. O tempo digital não perdoa. A nossa finitude é que continua a mesma, e continuará... Vamos escolher: dor ou ardor? Ou ambas? Ou não?

Copyright/left jorgemarciopereiradeandrade 2013/2014 (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet ou outros meios de comunicação de massas)

Termos e referências ligados ao texto (na Internet):



Dia do Trabalhador 

Tempos Modernos (1936) – Charles Chaplin – (legendado de português, mas ainda não audiodescrito) http://www.youtube.com/watch?v=_kh8QRoe8Bw

LIVROS/AUTORES CITADOS –

OS TRABALHOS E OS DIAS – Hesíodo, Editora Iluminuras, São Paulo, SP, 1990.

A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO COTIDIANO II – Emerson Elias Mehry & Heloisa Amaral (Orgs) – O Risco como Potencialidade no Trabalho com Saúde Mental – Jorge Márcio Pereira de Andrade (págs. 82 a 106), Editora Hucitec, São Paulo, SP, 2007.

A CORROSÃO DO CARÁTER – Consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo – Richard Sennet, Editora Record, Rio de Janeiro, 2001.

LEIA TAMBÉM NOS MEUS BLOGS –

SAÚDE, BIOÉTICA E POLÍTICA - Vendem-se corpos e compram-se consciências? https://infoativodefnet.blogspot.com.br/2015/04/saude-bioetica-e-politica-vendem-se.html

TRABALHO ESCRAVO/LEIS - Urgência de Leis mais duras para sua erradicação - OIT pede leis mais duras contra trabalho escravo https://infonoticiasdefnet.blogspot.com.br/2013/02/trabalho-escravoleis-urgencia-de-leis.html

DEFICIÊNCIAS/TRABALHO - Quantos estão "incluídos" e inseridos no mercado? Números oficiais distintos: quantas pessoas com deficiência trabalham? Vinicius Garcia https://infonoticiasdefnet.blogspot.com.br/2013/01/deficienciastrabalho-quantos-estao.html

LEIS/DEFICIÊNCIAS - Projeto de Lei 4773/12 quer "flexibilizar" as cotas de pessoas com deficiência no trabalho PROJETO FLEXIBILIZA COTA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM EMPRESAS 
A SAÚDE E O SENTIDO PARA A VIDA II - 

8 comentários:

  1. Estimada Pilar
    gracias por su atención a mis texto... y su afecto, nosotros los trabajadores y trabajadoras tenemos de salir de la posición de submetidos... um doceabraço jorgemarcio

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  2. Alexa postou na rede e agradeço
    "Sua visão dos nossos papeis na sociedade se transformou em um texto atemporal, nos faz repensar a nossa visão de mundo e valores latentes, valores que passamos p/ a nossa clientela...valores q passamos p/ os nossos filhos. Ora nos sentimos privilegiados pelo nosso trabalho, ora nos sentimos escravizados. Eh...esse texto pode ser tema d um livro, ai vai a dica Jorge Marcio Andrade"

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  3. Obrigada Jorge por nos "enxergar". Se tiver tempo, dá uma olhada no meu blog.http://professoresburnout.blogspot.com.br/

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  4. Obrigada Jorge Marcio por nos "enxergar". Se tiver tempo, dá uma lidinha no meu blog:
    http://professoresburnout.blogspot.com.br/

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  5. Reflexões e Provoc(ações) acerca de: “SOMOS TRABALHADORES COM "SAÚDE? COM DOR OU ARDOR NAS LUTAS E LABUTAS? ATÉ QUANDO?” por Jorge Marcio Andrade - JMA

    "Eu às vezes fico a pensar
    Em outra vida ou lugar
    Estou cansado demais

    Eu não tenho tempo de ter
    O tempo livre de ser
    De nada ter que fazer"
    Marcos Valle e Sérgio Valle


    Dejours afirmou (2003) que o trabalho deserotizado molda o caráter da pessoa, banaliza suas ações, um policial militar, pode achar comum extirpar a vida de um menino negro porque cometeu um furto. Ao contrário de um professor, que traz em si o desejo de educar a qualquer tempo. "...o trabalho como gênese de nosso caráter, como traços pessoais a que damos valor em nós mesmos..." JMA

    No trabalho de tele operação, o profissional é desqualificado ao ponto, da empresa, fazê-lo crer que realiza um trabalho social em sua contratação. A maioria é constituída por trabalhadoras mulheres, sem qualificação profissional, humilhadas dentro e fora do seu local de trabalho, levando consigo o estigma de burra. Aquela que só fala por scripts, que não tem escuta qualificada e nem domina suficientemente o português. Falo por experiência própria. Após o expediente, não se livram do seu trabalho; o reelaboram, recriando todos os diálogos, em que desta fez podem falar por si mesmas. "...explorador das vulnerabilidades, desumano, contrário aos Direitos Humanos e pseudo-includente..." JMA

    Trago, emocionada a imagem de Sísifo, descendo a montanha, de Camus, com a esperança e desejo de um dia chegar lá, mas penso que nos trabalhos em que "Há também sua possibilidade de construção e não corrosão de seu caráter." JMA. Refere-se aos trabalhos geradores de sentido, eu construo isto e com isto modifico a mim e ao mundo para melhor, não menos causadores de dores de tantas frustrações em um mundo tão desigual.

    Zeus condenou Sísifo, o Pai a Adão e a todos nós, a vivermos do suor de nosso trabalho. "Prefiro não fazer." - dizem os sábios loucos à maneira de Bartleby, que preferiu sucumbir a submeter-se ao sem sentido. "Até quando?" - pergunta JMA, respondo numa provoc(ação) ao cientista ateu. Até que Ele venha no salvar.

    FONTES:
    ANDRADE, Jorge Márcio. Somos Trabalhadores com "saúde"? Com dor ou ardor nas lutas e labutas? Até quando? Acesso em: http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/05/somos-trabalhadores-com-saude-com-dor.html Acesso em 21 de novembro de 2014.
    CAMUS, Albert. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo, com um estudo sobre Franz Kafka; tradução de Urbano Tavares Rodrigues. Um estudo de Liselotte Richter, tradução de Ana de Freitas: Lisboa, Livros do Brasil, 173p. (s/data).
    DEJOURS, Christophe. A banalização da injustiça social. Trad. Luiz Alberto Monjardim. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
    MELVILLE, Herman. Bartleby, o escriturário; tradução de Cássia Zanon: Porto Alegre: L&PM, 2003.
    Marisa Leão

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    Respostas
    1. Marisa,
      "Torna-te parte carnal da terra e das coisas!" - Álvaro de Campos
      Não há salvação para além de nós mesmos, não creio nisto: "...que Ele venha nos salvar."
      Marisa Leão - eu não espero mais por respostas, resposto a mim mesma.
      “Eu tenho que ser minha amiga, senão não aguento a solidão.” - Clarice Lispector
      Meladoabraçoantimanicomialeresiliente - para nós, que tanto precisamos.

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  6. Creio, Jorge Marcio, que, "Dias melhores virão", mas somente dentro de nós mesmos, pois, já estava escrito desde a fundação do mundo. E toda esta sensibilidade que você coloca nos seus textos, também, já estava escrito. O acidente não foi por acaso! Era preciso que alguém com sua formação, na área da medicina, tivesse um novo olhar para o ser humano, deficiente, não somente, fisicamente, ou mentalmente, mas de qualidade de vida! Parabéns por usar este talento de uma forma tão bela! abraço

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